Semana da Dislexia
- Equipe Educar com Evidências
- 2 de out. de 2023
- 3 min de leitura
A Semana da Dislexia acontece sempre na primeira semana do mês de Outubro. Este é um período em que há uma maior disseminação e conscientização dos temas relacionados à Dislexia para promoção de discussões e reflexões acerca da temática.

O que é Dislexia?
A Dislexia é um Transtorno Específico de Aprendizagem (TEAp) que afeta a capacidade de uma pessoa ler, escrever e soletrar com precisão. Trata-se de um distúrbio neurobiológico que envolve dificuldades na decodificação de palavras, reconhecimento de letras e correspondência entre os sons da fala e as letras escritas.
As pessoas com dislexia podem enfrentar desafios na leitura fluente, na compreensão de textos e na ortografia. Por se tratar de um transtorno, a dislexia não tem cura, podendo inclusive impactar a vida profissional de pessoas com o diagnóstico.
Contudo, com o apoio adequado, como intervenções educacionais especializadas, terapia e estratégias de aprendizado personalizadas, as pessoas com dislexia podem aprender a superar seus desafios e ter sucesso na escola e na vida cotidiana. É importante diagnosticar a dislexia o mais cedo possível, pois a intervenção precoce pode ser especialmente eficaz.
A dislexia manifesta-se, inicialmente, nos anos de escolarização formal e caracterizam-se por dificuldades persistentes e prejudiciais nas habilidades básicas de leitura, escrita e/ou matemática.
Quais são os principais critérios diagnósticos para Dislexia?

- As dificuldades de aprendizagem e o uso de habilidades acadêmicas persistam por pelo menos 6 meses, mesmo após intervenções direcionadas a essas dificuldades.
- As habilidades acadêmicas são substancial e quantitativamente inferiores quando considerada a idade cronológica do indivíduo.
- As dificuldades não podem ser justificadas por deficiências intelectuais, acuidade visual ou auditiva não corrigida, outros transtornos mentais ou neurológicos, adversidade psicossocial, falta de proficiência na língua de instrução acadêmica ou instrução educacional inadequada.
Segundo o Instituto ABCD, alguns sintomas podem ser observados nas pessoas com risco para dislexia:
Na linguagem oral:

Atraso no desenvolvimento da fala;
Problemas na formação de palavras de forma correta, como trocas na ordem dos sons (popica em vez de pipoca) e confusão de palavras semelhantes (umidade / humanidade);
Erros na pronúncia, tais como trocas, omissões, substituições, adições e misturas de fonemas;
Dificuldade na nomeação de letras, números e cores;
Dificuldade na realização de atividades de aliteração e rima;
Dificuldade para se expressar de forma clara.
Na leitura:

Dificuldade na decodificação de palavras;
Erros no reconhecimento de palavras, ainda que sejam frequentes;
Leitura oral devagar e incorreta. Pouca fluência, com inadequações de ritmo e entonação, em relação ao esperado para a idade e a escolaridade;
Compreensão de texto prejudicada como consequência da dificuldade de decodificação;
Vocabulário reduzido.
Na escrita:

Erros de soletração e ortografia, mesmo nas palavras mais frequentes;
Omissões, substituições e inversões de letras e/ou sílabas;
Dificuldade na produção textual, com velocidade abaixo do esperado para a idade e a escolaridade.
Outros sintomas apresentamos pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD) incluem:

Dispersão;
Dificuldades para manter a atenção;
Desenvolvimento insatisfatório da coordenação motora;
Dificuldade para montar quebra-cabeças; e
Falta de interesse por livros impressos.
Dificuldade na cópia de livros e do quadro;
Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.);
Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de pertences pessoais;
Confusão na nomeação de esquerda e direita;
Dificuldade no manuseio de mapas, dicionários, listas telefônicas etc.;
Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas.
Como é feito o diagnóstico?
Dificuldade na decodificação de palavras;
Erros no reconhecimento de palavras, ainda que sejam frequentes;
Leitura oral devagar e incorreta. Pouca fluência, com inadequações de ritmo e entonação, em relação ao esperado para a idade e a escolaridade;
Compreensão de texto prejudicada como consequência da dificuldade de decodificação;
Vocabulário reduzido.
Para uma correta avaliação da dislexia é necessária uma abordagem multidisciplinar, realizada por profissionais como psicopedagogos, psicólogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos e médicos (neuropediatra, neurologista, psiquiatra).
No site do Instituto ABCD você encontra um Teste Rápido para Detectar possíveis sinais de Dislexia. Para acessar o teste clique aqui!
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Logo abaixo você pode acessar o site de dois institutos de referência em pesquisa, avaliação e intervenção que podem ser uteis:



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Referências
American Psychiatric Association. (2023). DSM-5 TR: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora.
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